domingo, 28 de fevereiro de 2016

A correspondência

Recebemos a correspondência "dos meninos que estão no Alentejo" e estivemos a ler a carta que eles nos escreveram.
"Também temos de escrever a carta para eles"(Jo)
"Pois porque uma carta é um papel que escrevemos quando queremos dizer ou contar coisas que nos aconteceram a pessoas que estão longe de nós"(C e B)

Acredito, tal como Margarida Alves Martins, que "a aprendizagem da escrita é feita pela prática efetiva da escrita, (...) aprende-se a escrever, escrevendo.". Assim, combinámos que no tempo de reflexão sobre a escrita iríamos escrever a carta.

"Tens de escrever tu Adelaide, porque nós só sabemos escrever aquela escrita que só nós é que lemos"(L)
"Nós dizemos o que queremos contar e tu escreves." (R)
Tal como negociado anteriormente, fomos refletir em como se escrevia uma carta e o que queríamos lá escrever:
"Temos de escrever a data para eles saberem quando é que escrevemos" (J)
"Depois dizemos olá ou como estão."(C)
"E depois vamos contando o que aconteceu na nossa sala."(B)
"No fim dizemos adeus."(Le)
"E assinamos, escrevemos o nosso nome para saberem que fomos nós que escrevemos."(L)

A partir desta conversa, escrevemos a carta e ilustrámos "para os nossos correspondentes do Alentejo poderem ler o que nós dissemos à Adelaide para escrever." (vários).


A escrita em grupo exige, por parte das crianças envolvidas, a capacidade de explicitar e negociar, não só o que se vai dizer, como o modo como se vai pôr esse significado em palavras. Este processo promove o desenvolvimento de capacidades sociais nas crianças, pois estas terão de ter em conta a opinião dos outros, mas promove também o desenvolvimento de capacidades textuais, pois gradualmente tomarão consciência dos processos linguísticos envolvidos na escrita de um texto.

1 comentário:

  1. Boa, meninos da sala da Adelaide! A troca de correspondência com outros meninos de outras escolas é uma boa maneira de aprendermos muitas coisas...

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